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CAERN reajusta tarifas em até 6% e pesa no bolso do consumidor

Reajuste autorizado pela ARSEP afeta abastecimento de água e serviços técnicos; consumidores do interior denunciam falta de diálogo e temem efeitos em cadeia nos custos básicos de vida.

A partir desta quarta-feira, 9 de abril, os moradores do interior do Rio Grande do Norte passarão a pagar mais caro pelos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. A Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN) aprovou, por meio de seu Conselho de Administração, um reajuste de 6% nas tarifas regulares, com reajuste adicional de 5,17% em serviços técnicos e indiretos, como ligações e substituições de hidrômetros.

A medida, prevista na Resolução nº 3/2025 da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado (ARSEP), considera a inflação acumulada entre novembro de 2023 e novembro de 2024. Contudo, especialistas e representantes da sociedade civil criticam a decisão, apontando para falta de diálogo com a população e impacto direto sobre o consumidor.

Além da tarifa regular, as modalidades de cobrança por esgotamento sanitário seguem parâmetros que também levantam questionamentos. Enquanto os imóveis convencionais continuarão pagando 70% do valor da água consumida, os com esgoto condominial pagarão 35%. Já aqueles com fontes alternativas — como poços — terão a tarifa integral sobre o consumo, com possibilidade de cobrança estimada caso o usuário não permita a instalação de hidrômetro.

Ainda que a Tarifa Social e a Tarifa Popular sejam mantidas, o benefício depende da atualização constante do cadastro, o que pode excluir automaticamente usuários em situação de vulnerabilidade por falta de acesso à informação ou à internet.

Em um cenário em que o acesso à água deveria ser tratado como um direito básico e não como mercadoria, o novo reajuste da CAERN levanta uma pergunta urgente: quem paga a conta da “sustentabilidade financeira” da companhia — e com qual transparência esse equilíbrio é calculado?

Fonte: AQUI

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